Por Eduardo Castelã
Nesta última semana, o chefe da divisão em eficiência energética em equipamentos do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), Rafael Meireles, disse que o intenso calor dos últimos dias tem aumentado o consumo de energia, pois faz com que as pessoas utilizem mais alguns equipamentos elétricos tais como ventilador e ar-condicionado. Eu digo que, de fato e é óbvio, que a utilização destes equipamentos cresce muito com o intenso calor que estamos observando em várias partes do Brasil. Isto é um fato! Porém também há outro fato que quase nunca se comenta. Qual é a eficiência energética dos aparelhos de ar-condicionado e dos ventiladores que estão em qualquer prateleira de supermercado e lojas de eletrodomésticos à nossa disposição? E por que será que isto quase nunca é comentado? Por um simples motivo. Eles são extremamente ineficientes!
Lembro-me exatamente quando no início do desenvolvimento da tecnologia do Keppe Motor, em nossos laboratórios, nossos engenheiros tiveram uma grande surpresa quando notaram que nenhum, absolutamente nenhum ventilador tinha uma eficiência energética superior a 20%. Estamos aqui falando das maiores marcas que são vendidas atualmente no mercado e que vendem seus ventiladores nas maiores lojas do Brasil. Em termos mais técnicos, significa que a potência mecânica final destes motores não chega a 20% da potência elétrica consumida da rede, ou seja, um ventilador usa 60W elétricos da rede para produzir uma potência mecânica de aproximadamente 10W. Como certo amigo nosso nos disse: “Estes motores servem melhor para aquecedores de chás!”.
Em outras palavras poderíamos dizer que o Brasil está construindo novas hidrelétricas no meio da Amazônia ou em qualquer pequeno aproveitamento hidroelétrico como é o caso das micro-usinas à beira da Dutra entre Cruzeiro e Queluz no interior de SP, planeja construir novas usinas nucleares, coloca as termoelétricas para funcionar com os impactos ambientais que conhecemos etc. etc. para gerar energia e na outra ponta simplesmente a maior parte desta energia elétrica vira CALOR em aparelhos ineficientes! E olha, que quando falamos de geração de energia, os investimentos não raramente são da ordem dos BILHÕES de Reais!
Em um país com mais de 100 milhões de ventiladores, 50 milhões de geladeiras e muitos outros milhões de aparelhos com motores, o custo da ineficiência energética para os cofres públicos, em perdas de negócios para empresas e no bolso de cada um de nós brasileiros chega à ordem do incomensurável! Bilhões e bilhões de kWh, que se traduzem em muitos bilhões de reais.
Como já comentado, o Keppe Motor em seu grau de desenvolvimento atual, sem nenhum tipo de apoio governamental ou de indústrias, é uma solução que de imediato é capaz de reduzir o consumo energético na ordem de 70% a 90% em diversos eletrodomésticos de nosso dia-a-dia. Portanto, os senhores podem imaginar o quanto de energia poderia ser economizada no Brasil e quanto o governo brasileiro poderia liberar de recursos para execução de tantas e tantas obras e serviços fundamentais para nossa nações, tais como construção de casas populares, melhoria da educação, melhoria dos transportes públicos etc.
Urge então que o tanto o governo, indústrias e os próprios consumidores entendam que muitas vezes a pseudo redução de custo na produção de um motor ineficiente ou a falta de apoio a tecnologias em desenvolvimento ou já existentes, como é o caso do Keppe Motor, significa grandes perdas econômicas, sociais e ecológicas para o país, para as indústrias e no limite a todos nós brasileiros que literalmente vemos nossa energia ser dissipada e desaparecer no ar… Junto com bilhões de reais!